No dia de 7 agosto, os servidores da equipe de Vigilância em Saúde, o fiscal sanitário Sérgio Ivo Vieira e a agente de endemias Maria Flores, participaram do Seminário sobre uso correto de agrotóxicos na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Esclarecendo os produtores de arroz pré germinado da Região Central e demais profissionais sobre os riscos do uso do agrotóxico Mertin (trazido do Uruguai). Em razão do uso inadequado, o produto foi retirado do mercado gaúcho por uma empresa que detém a marca.
De acordo com o fabricante, este produto só pode ser utilizado em lavouras de sequeiro (feijão e algodão), nas quais a quantidade de água é pequena, para combater fungo. Em ambiente aquático, o produto é classificado como altamente persistente no ambiente, altamente bioconcentrável em peixes e altamente tóxico para organismos aquáticos tendo como classificação toxicológica “extremamente tóxico (classe I)” e como classificação ambiental “produto muito perigoso ao meio ambiente”. Após fiscalização da Secretaria Estadual da Agricultura na região central em razão de uso inadequado no passado, houve a abertura de ação civil pública e, como desdobramento, o produto foi retirado do mercado gaúcho por parte do fabricante. Além dos potenciais danos à saúde e ao meio ambiente, foi relatado a atenção para as implicações criminais a quem utiliza o Mertin importado de forma ilícita: processo criminal, embargo de área e outras punições.
Uma das articulações mais importantes é com a secretaria estadual da agricultura, que faz a fiscalização do comércio e uso de agrotóxicos no RS e todos os municípios que tem tido quantificação de agrotóxicos na água para consumo humano, tem sido notificados para que a agricultura priorize o uso adequado dos produtos.
Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) implementou um programa de monitoramento de agrotóxicos em água para consumo humano, que é executado pelos serviços de vigilância em saúde ambiental, cujos planos de amostragem e parâmetros são determinados com base nas informações levantadas pelas secretarias estaduais e municipais de saúde sobre culturas agrícolas existentes em seus territórios e seu respectivo uso de agrotóxicos.